Dois exames para detecção da leucemia são incorporados à tabela do SUS
27/07/2016 - 19:17
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Dois exames para detecção do vírus HTLV-1 são incorporados à tabela de procedimentos do Sistema Único de Saúde (SUS). A portaria foi publicada ontem (27) no Diário Oficial da União.

Segundo o texto, o SUS incorpora procedimentos laboratoriais para o diagnóstico da leucemia/linfoma de células T do adulto associado ao HTLV-1.

A forma de transmissão do vírus HTLV-1 pode ocorrer pela relação sexual com uma pessoa infectada, pelo uso em comum de seringas e agulhas durante o uso de droga, e da mãe infectada para a o recém-nascido, principalmente pelo aleitamento materno.

FONTE AGENCIA BRASIL

Hospital Santa Rosa executa cirurgia cardíaca inédita em Mato Grosso

Uma cirurgia delicada, realizada nos Estados Unidos e na Europa em casos em que é impossível a cirurgia convencional foi realizada pela primeira vez em Mato Grosso. A troca da válvula aórtica através de um cateter inserido pela ponta do coração foi a alternativa escolhida para um paciente que sofria de estenose aórtica, e contraindicação para a cirurgia convencional.

O procedimento, que foi efetuado pela equipe de cirurgiões cardiovasculares do Santa Rosa Cor, consistiu em um pequeno corte, com cerca de oito centímetros, no lado esquerdo do peito, pelo qual foi possível alcançar a ponta do coração e então implantar a nova válvula. O processo é realizado sem necessidade de parar o coração e do uso de circulação extracorpórea, como aconteceria em uma cirurgia cardíaca convencional.

O cirurgião cardiovascular Alex Celullare explica que a cirurgia convencional é o “padrão ouro” para o tratamento desta doença e esta é uma técnica alternativa, de exceção. “É indicada em pacientes com contraindicação a cirurgia convencional e/ou alto risco cirúrgico ou com múltiplos fatores que possam provocar uma morbi/mortalidade maior”, disse.

A estenose aórtica pode provocar uma gama de sintomas que variam de desmaios, dor no peito a quadros de insuficiência cardíaca. É a doença valvar mais comum entre os idosos, com prevalência estimada de 5% para aqueles com mais de 75 anos de idade, e sobrevida média de dois a três anos.

A cirurgia transcateter foi desenvolvida para possibilitar o tratamento de pacientes não candidatos à cirurgia convencional. Foi realizada pela primeira vez em seres humano em 2002 pela virilha e em 2004 através da ponta do coração. Somente em 2008 o Brasil passou a utilizar estas tecnologias, hoje também realizadas em Mato Grosso.

“O paciente operado no Hospital Santa Rosa tem 77 anos, já havia sido submetido a uma cirurgia de revascularização do miocárdio (pontes de safena), tem uma importante calcificação em toda a sua aorta (“aorta em porcelana”), que impossibilitava a cirurgia convencional. Além disto o paciente é portador de aneurismas de aorta abdominal, fato que impedia que o procedimento fosse realizado pela virilha. A única opção para ele era implantar a nova válvula por meio da cirurgia transapical”, reforçou o cirurgião César Barbosa.

Este tipo de válvula, quando indicado é implantado preferencialmente pela virilha; apenas quando há um impedimento para a utilização do trajeto até a válvula aórtica é que se faz uso do via transapical, que deve ser reservada a casos selecionados.

A cirurgia foi acompanhada pelo médico italiano Davide Gabbieri, cirurgião cardiovascular especialista em cirurgia da válvula aórtica transapical. “Vim da Itália especialmente para auxiliar a equipe em Cuiabá na execução do procedimento. Espero que o Hospital Santa Rosa seja reconhecido como referência nesse tipo de cirurgia, pois oferece menor mortalidade e aumenta a qualidade de vida de pacientes com estenose na valva aórtica não candidatos à cirurgia”, destacou.

Participaram da cirurgia os cirurgiões Alex Celullare e César Barbosa, o hemodinamicista Alexandre Xavier, e o cardiologista e ecocardiografista responsável pela Unidade Coronariana do Hospital Santa Rosa, Marcos Tenuta. O procedimento contou ainda com os perfusionistas Sufhia Pimentel e Neocimar dos Santos.

Além da equipe de cirurgiões e cardiologistas, o implante da válvula aórtica transcateter exige a presença de anestesistas, hemodinâmica (responsável por cateterismo), perfusionistas (responsável por operar a máquina extracorpórea, em caso de necessidade) e ecocardiografistas (análise do funcionamento do coração e da performance da nova válvula).

FONTE HOSPITAL SANTA ROSA
 

FONTE: HOSPITAL SANTA ROSA
EDIÇÃO: Ley Magalhães