Temer proibirá abertura de novos cursos de medicina
17/11/2017 - 22:17
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O governo de Michel Temer vai decretar uma moratória para impedir a abertura de novos cursos de medicina no país. O prazo será de cinco anos.

EM BREVE
O ministro Mendonça Filho (DEM-PE), da Educação, confirma a informação. Segundo ele, o decreto para a adoção da medida já está na mesa do presidente, que deve assiná-lo até o fim do ano.

AVENTAL
"Há um clamor dos profissionais de medicina para que se suspenda por um período determinado a abertura de novas faculdades, em nome da preservação da qualidade do ensino", diz Mendonça.

ATÉ O FIM
Segundo ele, dois editais em andamento para a abertura de novos cursos, lançados ainda no governo de Dilma Rousseff, serão concluídos.

FONTE FOLHA DE SP

Dos 13 milhões de desempregados, 8,3 milhões são negros e pardos

Dos 13 miilhões de brasileiros desempregados, 8,3 mihões são negros ou pardos, segundo o resultado da pesquisa Pnad Contínua, divulgada nesta sexta-feira (17), pelo IBGE.

A taxa de desocupação, percentual da população com idade para trabalhar, mas que está desempregada, ficou em 14,6%, valor superior à apresentada entre os trabalhadores brancos (9,9%). Os dados são referentes ao terceiro trimestre deste ano.


No terceiro trimestre de 2017, negros ou pardos representavam 54,9% da população brasileira de 14 anos ou mais e eram 53% dos trabalhadores ocupados do país.

Mas, apesar de serem a maioria, a proporção de negros ou pardos ocupados (52,3%) era inferior à da população branca (56,5%). Além disso, o rendimento dos trabalhadores negros e pardos foi de R$1.531, enquanto o dos brancos era de R$2.757.

O percentual de empregados negros ou pardos do setor privado com carteira assinada (71,3%) era mais baixo do que o observado no total do setor (75,3%). Dos 23,2 milhões de empregados negros ou pardos do setor privado, 16,6 milhões tinham carteira de trabalho assinada.

Desigualdade

Para o coordenador de trabalho e rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, indicadores como esses revelam quão desigual é o mercado de trabalho brasileiro. “Entre os diversos fatores estão a falta de experiência, de escolarização e de formação de grande parte da população de cor preta ou parda. Isso é um processo histórico, que vem desde a época da colonização. Claro que se avançou muito, mais ainda tem que se avançar bastante, no sentido de dar a população de cor preta ou parda igualdade em relação ao que temos hoje na população de cor branca”, destaca.

Perfil

A PNAD Contínua mostrou, ainda, que, no Brasil, somente 33% dos empregadores eram negros ou pardos. Já entre os trabalhadores por conta própria, essa população representava 55,1% do total. Mais de um milhão de trabalhadores negros ou pardos atuavam como ambulante, totalizando 66,7% dessa ocupação. No terceiro trimestre de 2017, 25,2% dos trabalhadores negros ou pardos atuavam como ambulantes, em 2014 esse percentual era de 19,4%.

FONTE ESTADÃO

FONTE: Estadão
EDIÇÃO: Ley Magalhães