O investimento em atendimento primário de saúde, com formação de mais médicos de famÃlia, é uma das principais saÃdas para o Estado do Rio se desvencilhar da crise. Esta é a avaliação de Cláudio Lottenberg, presidente do UnitedHealth Group Brasil, que palestrou nesta quinta-feira no "Reage, Rio!", evento organizado pelos jornais O GLOBO e "Extra" no Museu do Amanhã, na Praça Mauá.
- Cerca de 80% ou 90% dos problemas da saúde são resolvidos com atenção primária, e não com especialistas. Na Holanda, por exemplo, os médicos não se formam em uma especialidade. Eles viram especialistas somente se houver vaga e demanda. Mas, de praxe, viram médicos de famÃlia - exemplificou ele.
Lottenberg, que já foi secretário de Saúde de São Paulo, destacou também que, para uma maior eficiência dos gastos de saúde, é preciso focar naqueles pacientes que mais precisam e que mais usam o sistema de saúde.
- Sabe-se que 4% dos pacientes são responsáveis por 48% dos custos em saúde. São os chamados "alto utilizadores", que geralmente têm duas ou mais doenças. Precisamos criar grupos de atendimentos especÃficos para esses pacientes - propôs.
Ele lembrou, ainda, que uma ferramenta importante para otimizar os recursos e as verbas na área da saúde é a telemedicina - consultas médicas à distância, por vÃdeo. Isso diminui gastos e, também, garante disponibilidade de leitos para os que de fato precisam de internação, afirmou Lottenberg.
- A utilização da telemedicina já é uma ferramenta de relacionamento entre médico e paciente fora do paÃs. Em Israel, por exemplo, conseguiu-se diminuir em 70% o número de idas de pacientes pediátricos ao hospital porque esses pacientes conseguiam resolver seus problemas à distância. Os 30% restantes que procuraram o hospital só o fizeram porque realmente precisavam.
O "Reage, Rio!" é uma realização dos jornais O GLOBO e "Extra", com oferecimento do Sistema Fecomércio RJ por meio do Sesc RJ, patrocÃnio da Oi e do AirBNB, e apoio do shopping Rio Sul.
FONTE O GLOBO