Cirurgia sem diagnstico em Cceres
03/01/2018 - 22:26
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Uma auditoria realizada pela Secretaria de Estado de Saúde constatou que cirurgias oncologias eram realizadas no Hospital Regional de Cáceres sem diagnóstico, ou seja, sem a constatação da doença. Os serviços eram gerenciados por uma empresa terceirizada pela Organização Social de Saúde (OSS) Santa Catarina.

A confirmação é do secretário de Saúde do Estado, Luiz Soares, em entrevista ontem à Rádio Capital FM. Segundo Soares, a denúncia foi encaminhada para os órgãos de controle. “Mandamos auditar a conta. Isso é caso de polícia. Esta sendo encaminhada aos órgãos de controle. Os critérios não eram obedecidos”, afirma o secretário.

Luiz Soares ressalta que a prática seria para demonstrar mais serviços prestados e receber mais do Estado. Ou seja, a empresa queria mostrar mais produtividade para receber mais. “Eu sei por que foi entregue a mim, está atestado a realização de cirurgias sem o diagnóstico de câncer”, disse Soares.

Atualmente uma nova empresa de Oncologia administra o mesmo serviço pela metade do valor. Enquanto a empresa antiga recebia cerca de R$ 600 milhões por mês do Estado, a atual recebe R$ 300 milhões para fazer o mesmo serviço.

O Hospital Regional de Cáceres era gerido pela OSS Santa Catarina desde 2011. Em setembro do ano passado o contrato foi encerrado. No mês de encerramento foi assinado um termo de convênio entre o Estado e Consórcio Intermunicipal de Saúde do Oeste do Estado para gerir a unidade. Houve recuo por parte dos prefeitos que compunham o consórcio. Desde então o hospital vem sendo gerido pelo Estado.

O diretor da unidade é o médico Hernandes Coutinho. "Ele assumiu o hospital em nome da Secretaria de Saúde, do Governo do Estado e veja bem, até setembro o hospital custava R$ 5,3 milhões por mês. No mês de outubro, em um mês de trabalho, o valor baixou para R$ 3,9 milhões, R$ 1,4 milhão a menos e aumentou o número de cirurgias", frisa Soares.

OUTROS PROBLEMAS – Administrado atualmente pelo Instituto Gerir, o Hospital Regional de Sinop também desencadeou problemas detectados em auditoria. Segundo o secretário Luiz Soares a antiga OSS alegava que produzia que produzia R$ 5,3 milhões, mas o contrato pagava R$ 4,4 milhões e cobrava o valor pelo serviço que realizava a mais do Estado.

No entanto, o contrato foi auditado e detectou que a OSS produzia somente o correspondente a R$ 3,1 milhões. “Agora o Estado começa a cobrar, a OSS vai ter que devolver, eles receberam a mais”, afirma Soares.


FONTE DIÁRIO DE CUIABÁ

FONTE: Dirio de Cuiab
EDIÇÃO: Ley Magalhes