Com o novo centro de pesquisa em Jacarepaguá, a Abbott espera desenvolver 15 novos medicamentos a cada ano. O foco é fazer produtos voltados para as principais demandas na área da saúde.
Mapeamento prévio feito pela empresa norte-americana mostra que as áreas de cardiologia, saúde da mulher, gastroenterologia, respiratória e sistema nervoso central são as principais dentro do mercado brasileiro. "Vamos definir pesquisas de acordo com o que os médicos estão requerendo atualmente. Mapeamos onde temos chance de agregar valor, para adotar estratégias terapêuticas com inovação", diz Juan Carlos Gaona, gerente-geral da Abbott no Brasil.
A nova instalação produzirá fórmulas sólidas (cápsulas e comprimidos). Como o centro terá uma planta-piloto, os medicamentos desenvolvidos serão facilmente transferidos para uma produção em larga escala na fábrica, seguindo a demanda local.
Para tal, a multinacional adquiriu equipamentos já usados em outros centros de desenvolvimento do grupo no mundo. Máquinas da Alemanha e da Índia já operam na área. "A transferência de tecnologia resulta em produtividade e adquirimos alguns equipamentos que não teríamos como desenvolver no Brasil", explica o executivo.
Só brasileiros
A equipe do novo centro de pesquisa reúne 15 profissionais. Todos brasileiros. A ideia é expandir o número de funcionários já no ano que vem. "O Brasil conta com excelentes profissionais dessa área. Temos conhecimento e expertise mais que suficientes no país", defende Gaona. A fábrica da Abbott na zona oeste carioca, hoje, reúne mais de 300 colaboradores. A empresa não fala em números de produção, mas adianta que há uma capacidade ociosa na unidade que será ocupada com os novos medicamentos.
Atualmente, 90% do que a linha de produção de Jacarepaguá faz é voltada para o mercado nacional. Só os 10% restante são exportados para 11 países da América Latina. "O foco do novo centro será claramente para produtos que atendam as necessidades do Brasil. Mas algumas soluções utilizadas podem ser utilizadas em outros mercados do continente", avisa o gerente-geral da empresa.
FONTE DCI