A duas semanas da comemoração do Dia Mundial da Osteoporose (20 de Outubro), a Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social da Assembleia Legislativa deu parecer favorável à estadualização da data em Mato Grosso. A matéria está no Projeto de Lei nº 32/2016 e abrange prevenção, controle e orientações sobre a doença. A medida vai melhorar a qualidade de vida de milhares de mato-grossenses.
Dois dos números mais recentes sobre a osteoporose – revelados em 2014 – são divergentes, mas alarmantes. Enquanto a Fundação Internacional de Osteoporose (em inglês, IOF) afirmou que a doença atinge cerca de 10 milhões de pessoas no Brasil, notÃcia veiculada em outubro daquele ano e assinada pela Assessoria de Imprensa do HC Unicamp – a Universidade de Campinas – garantiu existir, à época, cerca de 20 milhões de brasileiros com osteoporose.
Para o deputado Wagner Ramos (PSD), independente de estatÃsticas todas as ações preventivas são importantes. “Precisamos estar atentos aos exames para um diagnóstico precoce, mas – principalmente – sempre alertas para os tipos de tratamento, as mudanças de hábitos alimentares, a prática de exercÃcios fÃsicos regulares e até a administração dos medicamentos”, observou o parlamentar, autor do PL 32/2016.
Nele, Wagner se refere aos exames para diagnóstico precoce e alerta sobre o tipo de tratamento, mudança de hábitos alimentares, prática de exercÃcios fÃsicos regulares e administração dos medicamentos. Também conhecida pela sigla OP, a osteoporose leva às deformidades óssea e da postura, à diminuição da massa muscular e a problemas respiratórios e digestivos, além da depressão.
A osteoporose é caracterizada pela diminuição progressiva da densidade óssea e pelo aumento do risco de fraturas, consequência da fragilidade dos ossos. Com o tempo, a queda de produção de novas células os torna mais porosos e menos resistentes. A mulher é mais afetada pela perda de estrogênio – hormônio que, naturalmente, a protege contra diminuição de massa óssea. Em média, a mulher perde um grama de cálcio por dia.
Juntos, o Ministério da Saúde, a IOF e a Federação Nacional de Associações de Pacientes de Osteoporose (Fenapco) têm dados atuais, idênticos entre si e considerados alarmantes. Segundo eles, são registradas anualmente 2,4 milhões de fraturas por causa da osteoporose. Mais grave é que, desse total, cerca de 200 mil pessoas morrem no perÃodo em decorrência das lesões.
As estatÃsticas apontam para um quadro ainda mais desalentador, segundo a instituição: “Aos 50 anos, uma em cada três mulheres e um em cada cinco homens apresentam fratura relacionada à OP. Além disso, 75% das fraturas de quadril após os 50 anos acontecem nas mulheres e em 25% nos homens”. Outra previsão sombria revela que, em 2050, a incidência mundial de fratura do fêmur deve aumentar 310% nos homens e 240% nas mulheres.
Para tornar esse cenário ainda mais tenebroso, a Fundação Internacional de Osteoporose assegura que – no primeiro ano após uma fratura de fêmur – a mortalidade gira em torno de 20% a 24% e somente 1/3 das fraturas vertebrais apresentam sintomas. Pior do que isso, cerca de 80% das pessoas em situação de alto risco e com antecedentes de fratura nunca foram diagnosticadas ou tratadas.
FONTE ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA