Hospitais filantrópicos mantêm paralisação
13/11/2016 - 21:56
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Anúncio de pagamento de parte da dívida junto aos hospitais filantrópicos do Estado não incide na retomada do atendimento aos pacientes, suspensa desde a segunda-feira (7), nas 5 maiores instituições de Mato Grosso.

Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) informa que os pagamentos emergenciais para as unidades hospitalares (entidades filantrópicas, serviços de urgência e emergência, UTIs, hospitais regionais) e municípios que possuem hospitais de referência regional estão sendo pagos na sexta-feira.

Segundo o médico Antônio Preza, vice-presidente da Federação dos Hospitais Filantrópicos de Mato Grosso e presidente da Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá, o repasse anunciado não viabiliza a retomada no atendimento, já que o déficit é de 40% do custo para cada paciente atendido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Se o Governo não assumir este compromisso, os hospitais não terão condição de retomar e manter os atendimentos.

Cita que o pagamento anunciado refere-se a uma parte dos débitos, de atendimentos específicos em UTIs, relativos ainda ao mês de setembro.

Os filantrópicos cobram o compromisso do governador que, após exigir a realização de uma consultoria para avaliar os custos de cada paciente para fazer os repasses, simplesmente suspendeu os pagamentos ignorando a crise no setor.

Os 5 maiores filantrópicos do estado (Santas Casas de Misericórdia de Cuiabá e Rondonópolis, Hospital do Câncer, Hospital Santa Helena, Hospital Geral Universitário) atendem juntos, em média, 5 mil pacientes ao mês. A dívida com os hospitais supera os R$ 7 milhões. Somente na Santa Casa de Cuiabá, o prejuízo diário é de R$ 31,3 mil.

Assegura que desde o mês de março, quando governo ignorou acordo firmado no ano passado e depois de três meses deixou de fazer os repasses, a situação se tornou insustentável. “Só não paramos antes por causa do período eleitoral, para não dar conotação política ao movimento”, salienta Preza.

Somente a Santa Casa investiu R$ 60 mil na consultoria que aponta que o custo do paciente no hospital filantrópico é de 4 a 5 vezes menor do que o cobrado em hospitais geridos por Organizações Sociais (OSs) e de 6 a 8 vezes menor do que os custos em um hospital público, sob a gestão do estado.

FONTE GAZETA DIGITAL

FONTE: Gazeta Digital
EDIÇÃO: Ley Magalhães