Anúncio de pagamento de parte da dÃvida junto aos hospitais filantrópicos do Estado não incide na retomada do atendimento aos pacientes, suspensa desde a segunda-feira (7), nas 5 maiores instituições de Mato Grosso.
Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) informa que os pagamentos emergenciais para as unidades hospitalares (entidades filantrópicas, serviços de urgência e emergência, UTIs, hospitais regionais) e municÃpios que possuem hospitais de referência regional estão sendo pagos na sexta-feira.
Segundo o médico Antônio Preza, vice-presidente da Federação dos Hospitais Filantrópicos de Mato Grosso e presidente da Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá, o repasse anunciado não viabiliza a retomada no atendimento, já que o déficit é de 40% do custo para cada paciente atendido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Se o Governo não assumir este compromisso, os hospitais não terão condição de retomar e manter os atendimentos.
Cita que o pagamento anunciado refere-se a uma parte dos débitos, de atendimentos especÃficos em UTIs, relativos ainda ao mês de setembro.
Os filantrópicos cobram o compromisso do governador que, após exigir a realização de uma consultoria para avaliar os custos de cada paciente para fazer os repasses, simplesmente suspendeu os pagamentos ignorando a crise no setor.
Os 5 maiores filantrópicos do estado (Santas Casas de Misericórdia de Cuiabá e Rondonópolis, Hospital do Câncer, Hospital Santa Helena, Hospital Geral Universitário) atendem juntos, em média, 5 mil pacientes ao mês. A dÃvida com os hospitais supera os R$ 7 milhões. Somente na Santa Casa de Cuiabá, o prejuÃzo diário é de R$ 31,3 mil.
Assegura que desde o mês de março, quando governo ignorou acordo firmado no ano passado e depois de três meses deixou de fazer os repasses, a situação se tornou insustentável. “Só não paramos antes por causa do perÃodo eleitoral, para não dar conotação polÃtica ao movimento”, salienta Preza.
Somente a Santa Casa investiu R$ 60 mil na consultoria que aponta que o custo do paciente no hospital filantrópico é de 4 a 5 vezes menor do que o cobrado em hospitais geridos por Organizações Sociais (OSs) e de 6 a 8 vezes menor do que os custos em um hospital público, sob a gestão do estado.
FONTE GAZETA DIGITAL