Novo portal ajuda OMS a acompanhar acesso à cobertura universal em saúde
14/12/2016 - 22:16
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou um novo portal para acompanhar o acesso global a cobertura universal em saúde, incluindo informações sobre equidade de acesso e onde os serviços precisam ser melhorados. O lançamento marcou o Dia de Cobertura Universal em Saúde, lembrado em 12 de dezembro.

O portal reúne os últimos dados de cobertura universal em saúde para todos os 194 países-membros da OMS. No próximo ano, o portal irá apresentar o impacto deste tipo de serviço no orçamento doméstico. “Qualquer país buscando alcançar um sistema de saúde universal deve estar apto a mensurá-lo”, afirmou a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, em comunicado.

“Dados não irão prevenir doenças ou salvar vidas, mas ajudam a detectar onde governos devem atuar para fortalecer os sistemas de saúde e proteger as pessoas dos potenciais efeitos devastadores dos custos com cuidado em saúde”, complementou.

A ideia da cobertura de saúde universal é garantir que todas as pessoas tenham condições de assegurar o direito à saúde sem passar por dificuldades financeiras. Isto significa que os países devem construir uma infraestrutura de sistema de saúde com disponibilidade imediata, serviços de qualidade e mão-de-obra experiente.

De acordo com o portal, menos de 50% das crianças diagnosticadas com pneumonia são levadas a atendimento médico e 44% dos estados-membro da OMS têm menos de um médico a cada mil habitantes. Além disso, enquanto os africanos sofrem de 25% das doenças globais, o continente tem apenas 3% de todos os profissionais em saúde.

Cobertura universal em saúde é fundamental para o sucesso da Agenda 2030 e seus Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), em particular o ODS 3, que trata de garantir a todos saúde e bem-estar.

“Expandir o acesso a serviços irá aumentar os gastos para a maior parte dos países”, anunciou Marie-Paule Kieny, assistente da diretora-geral da OMS para Sistemas de Saúde e Inovação. “Mas tão importante quanto o que é gasto é como é gasto. Todos os países podem progredir em direção à cobertura universal em saúde, mesmo com pequenos níveis de despesas”.

Em todo o mundo, pelo menos 400 milhões de pessoas não têm acesso a serviços essenciais de saúde. Todos os anos, 100 milhões entram na linha da pobreza e outros 150 milhões passam por dificuldades financeiras por custear serviços em saúde.

Como parte dos ODS, todos os países-membros concordaram em garantir cobertura de acesso universal até 2030. Para tornar este objetivo realidade, mais de 18 milhões de novos profissionais em saúde são necessários para atender às crescentes demandas, particularmente nos países de média e baixa renda.

FONTE OPAS/OMS

FONTE: OPAS/OMS
EDIÇÃO: Ley Magalhães