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Cuiabá e Várzea Grande notificaram, no primeiro mês do ano, um caso de zika em gestante por dia. O dado alarmante é das Secretarias municipais de Saúde, que apontam 32 possíveis casos de contaminação de grávidas entre 1º e 28 de janeiro. Só na capital foram 21 casos, enquanto em Várzea Grande mais 11.

Sem contar as grávidas, Cuiabá teve 32 casos de zika registrados em residentes e 15 em não residentes. Em Várzea Grande foram 59 registros da doença.

De acordo com a médica infectologista Zamara Brandao, os dados sao preocupantes já que o risco de gestantes serem contaminadas nao só pelo zika, como pela dengue e chikungunya, aumenta muito nesse período do ano e as mamaes devem ficar atentas a prevençao. “Não tem outra forma a nao ser a prevenção. Toda gestante precisa se cuidar”, explica.

Segundo Brandão, com o período chuvoso propício para a proliferaçao do mosquito, as “tarefas de casa” para combater os criadouros, que sao diariamente lembradas a população, devem continuar rigorosamente, mas nao sao suficientes para garantir a segurança da gestante. “É preciso que as gestantes usem diariamente o repelente que contenha Icaridina, que sao os mais eficientes. Além disso, usar roupas com mangas e calças compridas para expor o mínimo possível a pele”.

A médica lembra que uma das complicações que o zika pode trazer as grávidas é a microcefalia nos bebes. “É muito séria essa questão que pode acometer a criança a uma série de deficiências e, por isso, é preciso levar a sério a prevenção”.

Microcefalia - No ano passado Mato Grosso teve 347 casos notificados de microcefalia, sendo que destes, 133 continuam em investigação. As notificações ocorreram em 56 municípios em todas regiões do Estado, sendo Rondonópolis que registrou mais casos (109), seguido de Cáceres, com 58, e Cuiabá, com 47 registros.

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde já foram descartados 158 casos para microcefalia e/ou alteraçao do Sistema Nervoso Central (SNC), após a reavaliaçao clínica de exames de imagens e do perímetro cefálico baseado na curva de desenvolvimento infantil da Organizaçao Mundial da Saúde (OMS).