Uma pastilha solúvel em água e que não faz mal a plantas promete matar larvas do Aedes aegypti e está disponÃvel, aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O Dengue Tech é o nome comercial de um inseticida biológico desenvolvido a partir de uma pesquisa feita na Fiocruz, no Rio, e posteriormente formatada para uso inclusive doméstico pela startup BR3 com apoio do Cietec-USP (Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia).
Ele é formulado a partir de um microrganismo de ocorrência natural, conhecido como BTI (Bacillus thuringiensis). Segundo Rodrigo Perez, 50 anos, diretor-geral da BR3, o bacilo age no sistema digestivo da larva do Aedes, vetor de doenças como dengue, zika e febre chikungunya.
Atualmente, a produção é feita dentro do Cietec-USP, com capacidade de fabricar 2 milhões de doses por ano – cada pastilha tem 50 mg, suficientes para tratar até 50 litros de água.
Mas a BR3 pretende, com apoio da Investe SP, agência de promoção de investimentos ligada ao governo do Estado de São Paulo, instalar uma fábrica em Taubaté (140 km de SP), que deve começar a produzir a partir do final do próximo ano. “Avaliamos que poderemos até exportar esse produto”, disse Perez.