Maioria dos enfermeiros e dos médicos já foi agredida
16/03/2017 - 20:23
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Uma pesquisa realizada pelo Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) e pelo Coren (Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo) com 5.658 profissionais no Estado de São Paulo diz que 59,7% dos médicos e 54,7% dos profissionais de enfermagem já sofreram violência mais de uma vez no trabalho.

Realizada em janeiro e fevereiro deste ano a sondagem também mostra que o SUS (Sistema Único de Saúde) é o onde acontece a maioria dos casos.

São 59,1% envolvendo médicos e 57,7% os profissionais de enfermagem.

Muitos deles não levam os casos para autoridades alegando que não há políticas de proteção às vítimas ou por medo de represálias.

Enfermeiro e conselheiro do Coren, Alessandro Rocha, 39 anos, diz que há cinco anos sofreu agressão em hospital privado quando atendia homem que acusava um colega de ter colocado soro na veia errada. Rocha diz que checou o procedimento na frente dele, mas, ao se distrair, levou soco no rosto.

Ele teve fratura nasal e precisou de cirurgia.

"A parte física não foi tão agressiva quanto a moral e psicológica"; diz Rocha.

"Tive que lidar com gracejos do RH do tipo: ´Você anda lutando UFC quando atende os pacientes?´." Profissionais também reclamam de crescente demanda, poucos profissionais para atendimento e péssimas condições de trabalho.

 

FONTE: AGORA
EDIÇÃO: Ley Magalhães